domingo, 29 de maio de 2011

PIBID SOCIOLOGIA NO XXVI ENECS



Olá pessoal,
Gostaria de convidar a tod@s para participar de um espaço novo no XXVI ENECS.

Alguns de nós da C.O. fazemos parte da licenciatura e também do PIBID sociologia, para quem não conhece PIBID é Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência. Este programa é voltado para a licenciatura e, basicamente, é um programa que visa a preparação dos estudantes dessa modalidade para atuar no ensino básico.

Tendo em vista a recente obrigatoriedade da sociologia no Ensino Médio e a também recente implementação do PIBID sociologia, a C.O. se propôs a fomentar o encontro dos “pibidianos” durante o ENECS. Por isso fica, aqui o convite para que os PIBID’s de todo o Brasil se organizem, peçam o apoio financeiro do PIBID de sua universidade e venham participar deste espaço que será extremamente produtivo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Apresentando o TRANSENECS de BH!



Olá amiguinhos,
Faltam 54 dias para o ENECS, e muita coisa já está pronta, mas ainda há muitas coisas por fazer.  Vocês podem imaginar O TRAMPO que é organizar um encontro nacional de estudantes? Pois é.  Nós da C.O. estamos loucos com isso.
Bom, nesse post, quero compartilhar com vocês de uma de nossas culturais. O TRANSENECS!
Vocês sabem o que é o TRANSENECS?
O TRANSENECS surge nos ENECS passados (porem recentemente), e desde então se torna a cultural queridinha de muita gente. Especialmente os cientistas sociais que estudam gênero e sexualidade. Isso por que a proposta do TRANS é aliar o clima festivo das culturais ás reflexões feitas por tantos cientistas sociais nesses campos da vida humana. Nesse sentido, é um espaço alegre, divertido, mas também provocador e revolucionário.
O tema do ENECS desse ano é a Teoria Queer!
Todo mundo sabe como as identidades de gênero, e sexuais, podem ser altamente normativas e contribuem para a manutenção da ordem (heterossexista/capitalista/patriarcal). Portanto, qualquer fazer revolucionário, também deve se ocupar de ser libertador para homens e mulheres, também nesses quesitos. Já que a sociedade MORRE de pânico da confusão de gênero e de orientações sexuais, vamos usar esse pânico justamente para fragilizar essa ordem excludente e violadora.
Pra quem não conhece, aqui vai um texto que esclarece bem essa corrente teórica que tem dado sustentação pra várias reflexões interessantíssimas:

A Teoria Queer e a Questão das Diferenças: por uma analítica da normalização – Richard Miskolci

Basta saber que nesse TRANSENECS precisamos que VOCÊS façam parte da decoração. Como? Através das vestimentas e acessórios pra festa!!!
A ideia é FODER COM AS CATEGORIAS SEXUAIS, transgredir e EXPLODIR com as normas de gênero e da sexualidade. Trazer em suas roupas elementos tanto do universo masculino/feminino, quanto o EXAGERO, a assexualidade/hipersexualidade, o exótico, o careta, o inusitado... Enfim, ser provocador em relação ao sexo e ao gênero. Não vale só trocar de roupa (homem vestir de mulher e mulher vestir de homem, como no TRANS Bélem), é preciso reinventar o sexo e o gênero, e transcender as categorias!
Tenho certeza que a adesão será geral, e estamos preparando uma cultural instigadora para receber tantos monstrinhos sexuais e performáticos!!! Criatividade nas ciências sociais é o que não falta!!!
Pra ajudar, aí vão umas indicações bem pessoais pra vcs pensarem nos LOOKS:
Secos e Molhados, Marylin Manson, The Rocky Horror Show, David Bowie, qualquer DRAG QUEEN que vcs conheçam (RS!), mangas e animes, Brian Molco, Lady Gaga, Boy George, Janelle Monae, Twiggy, Pink Flamingo, etc...
TÁ TOPADO?

Por Antony Diniz

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Palavras de Eduardo Galeano

Sobre o Ofício de Construir Estrelas e os Riscos das Verrugas


Sobre o Ofício de Construir Estrelas e os Riscos das Verrugas

Por Mauro Iasi


Eis minhas mãos:
não tenho porque esconde-las,
ainda que, por teimosia,
tragam verrugas nos dedos
por apontar estrelas.

Este é o nosso ofício:
cavalgar verdades cadentes,
eternos/caducos presentes
que comem a si mesmos
mastigando seus próprios dentes.

Assim são estrelas:
tempo que tece a própria teia
que o atrela, cavalo que cavalga
a própria sela.

Distanciamento
Objeto
Estranhamento
Espera
como pintor ensandecido
que reprova a própria tela.

Este é o nosso ofício,
este é o nosso vício.
Cego enlouquecido,
visão por trevas tomada
insiste em apontar estrelas
mesmo em noites nubladas.

Ainda que seja por nada
insisto em aponta-las
mesmo sem vê-las
com a certeza que mesmo nas trevas
escondem-se estrelas.

Enganam-se os que crêem
que as estrelas nascem prontas.
São antes explosão
brilho e ardência
imprecisas e virulentas
herdeiras do caos
furacão na alma
calma na aparência.

Enganadoras aparências...

Sejam bem-vindos a Belo Horizonte!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Os indiferentes



Antonio Gramsci, 11 de fevereiro de 1917.

Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.

A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar. A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso. Mas os fatos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se às conseqüências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são responsáveis. Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.

A maior parte deles, porém, perante fatos consumados prefere falar de insucessos ideais, de programas definitivamente desmoronados e de outras brincadeiras semelhantes. Recomeçam assim a falta de qualquer responsabilidade. E não por não verem claramente as coisas, e, por vezes, não serem capazes de perspectivar excelentes soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que, embora requerendo uma ampla preparação e tempo, são todavia igualmente urgentes. Mas essas soluções são belissimamente infecundas; mas esse contributo para a vida coletiva não é animado por qualquer luz moral; é produto da curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma responsabilidade histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não admite agnosticismos e indiferenças de nenhum gênero.

Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem esteja à janela emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque não conseguiu o seu intento.

Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.

Postado por Antony Diniz

domingo, 8 de maio de 2011

Esclarecimento: ENECS e o número de vagas

Este texto vem da parte da Comissão Organizadora do ENECS, no sentido de esclarecer sobre uma particularidade do Encontro em Minas Gerais: ele terá uma limitação no número de inscrições. Tal limitação se dá por duas questões:

A cidade hoje, por várias razões, não abriga um encontro de mais de 900 pessoas; ainda mais se for organizado por estudantes. Isso demandaria um financiamento bastante volumoso e uma disponibilidade total de uma grande equipe de pessoas; não é preciso dizer que não disponibilizamos nenhuma das duas coisas. 

Em razão da localidade de Minas, quase na centralidade do país (fica fácil para que vários estados acessem), acreditamos que haveria uma superpopulação de estudantes no encontro. Tentamos trabalhar inicialmente com a projeção, baseada nos últimos encontros, de 2000 pessoas. Mas esse número assustava os patrocinadores e os possíveis locais que cortejávamos para a realização do mesmo e, em virtude disso, nos convencemos de que teríamos capacidade e possibilidade de acolher bem, com segurança e o mínimo de conforto, 900 pessoas.

Sendo assim, abriremos o processo de inscrição com 900 vagas para os estudantes do Brasil todo amanhhã, dia 9 de Maio.

Sabemos que isso pode gerar problemas de sub-representação, ou super-representação. Mas acreditamos que se os estados e as regiões se organizarem, isso não será problemas. Alem do mais temos como garantir a representatividade através do regimento votado na plenária inicial do encontro. Fica impossível escolher critérios para as inscrições (pensamos em proporcionalidades por quantidades de escolas de ciências sociais, por regiões, por estados, etc) e quaisquer critérios estabelecidos vão excluir e limitar as potencialidades de participação.

Portanto, NÃO HAVERÁ, pelo menos inicialmente, INSCRIÇÕES NO MOMENTO DO ENCONTRO. Razão pela qual todos devem se programar para fazerem as inscrições no prazo determinado. Não temos como acolher as pessoas no dia 16 de julho, se esta não já estiver devidamente contabilizada pela C.O.

Compreendemos o quanto esse encontro foi desejado e esperado, e o quão frustrante essas limitações são. Mas infelizmente foram desenhadas por uma conjuntura que não podemos ignorar. A preocupação de uma C.O. organizada e responsável é com o conforto e a qualidade do encontro, e é nesse sentido que apelamos para o bom senso das escolas. Conversem entre si, e estabeleçam critérios para ocupação dessas vagas, com equilíbrio e inteligência. Tudo pode ser negociado com inteligência.

Essa situação será monitorada constantemente pela C.O. e caso haja algum desequilíbrio, ou as condições mudem, informaremos o MECS e agiremos no sentido de corrigir esse desequilíbrio.

No mais, agradecemos a compreensão mais uma vez, e solicitamos a cooperação de todos.

Atenciosamente, 

Comissão Organizadora do XXVI ENECS

Carta de apresentação do Movimento Estudantil de Ciências Sociais do Sudeste

“O que queremos de fato é que as Ciências Sociais e os
seus encontros estudantis voltem a ser perigosos.”

(Carta “Faz escuro mas eu canto...” da Coordenação Regional 
dos Estudantes de Ciências Sociais do Nordeste – Novembro de 2009)

Você já ouviu falar do Movimento Estudantil de Ciências Sociais do Sudeste? Imaginamos que você nunca tenha ouvido falar, não estranhamos que este movimento seja desconhecido para você, pois ele não tem voz em nossa região, contudo gostaríamos que você soubesse o motivo.

O Movimento Estudantil de Ciências Sociais (MECS) no sudeste está completamente desarticulado. Prova disso é que ficamos alguns anos sem realizar nosso Encontro Regional; além disso, nos últimos Encontros Nacionais dos Estudantes de Ciências Sociais a participação dos estudantes do sudeste tem sido muito baixa, refletindo nossa dificuldade em levar adiante as discussões pertinentes a nosso curso, não conseguindo nos organizar, política e financeiramente, a participar desses espaços de diálogo entre as escolas de Ciências Sociais. Mesmo a comunicação entre as escolas da região sudeste é precária, fazendo com que poucas vezes consigamos conversar sobre nossos problemas e tentemos encontrar, juntos, uma solução. O Encontro Regional de Estudantes de Ciências Sociais do Sudeste (ERECS-SE), que ocorreu entre os dias 21 e 24 de abril deste ano em Vitória-ES, vem como um esforço para que estes problemas comecem a ser enfrentados pelo MECS.

Hoje se faz mais do que necessário a presença dos estudantes no cotidiano das diversas universidades (públicas e particulares) e na sociedade como um todo, devido aos vários problemas encontrados. Por isso, a participação do estudante é imprescindível, para que de fato haja um movimento estudantil que consiga a transformação social de seu contexto. É vital que o estudante se reconheça enquanto ator político de um contexto que lhe desfavorece e que a sua participação ativa e constante é a única forma de emancipação.
Por isso, é preciso que o MECS consiga se organizar; discutir as nossas pautas políticas com maturidade e mobilizar o conjunto dos estudantes para que consigamos transformar nossas discussões em ações políticas que possam, de fato, atingir as causas de nossos problemas. Para tanto, estamos nos mobilizando, nos reorganizando, e pra que esta organização aconteça de fato é necessário e importante que os atores políticos apareçam; debatam, discutam, se mobilizem, construam concretamente algo que possa dar uma identidade e um poder de atuação ao movimento estudantil de base junto ao movimento estudantil nacional. É necessário que cada escola se mobilize, saia da apatia do cotidiano e venha construir o Movimento Estudantil de Ciências Sociais.

Neste ERECS de Vitória conseguimos dar um passo a frente em nossa organização. Avaliamos a necessidade de uma maior comunicação entre as escolas e para tal precisamos de nos encontrar novamente. Este encontro já está marcado e será parte da programação do Encontro Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais, que ocorrerá entre os dias 16 e 23 de julho na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Além do ENECS, conseguimos garantir a continuidade de nosso Encontro Regional; assim, o próximo ERECS-SE será em 2012 na UFRRJ, em Seropédica- RJ. Precisamos dar mais esse passo a frente e, mais que isso, precisamos que o conjunto dos estudantes de Ciências Sociais do sudeste esteja junto nesta caminhada.

Todos ao ENECS!

Todos a construir o Movimento Estudantil de Ciências Sociais!

Encontro Regional dos Estudantes de Ciências Sociais do Sudeste – Abril de 2011

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ajude a construir este ENECS!


A Comissão Organizadora do XXVI ENECS vem mais uma vez ressaltar a importância da inscrição de trabalhos, oficinas e mini-cursos para a metodologia que idealizamos para nosso encontro.

São 8 os temas propostos:

- Expressões culturais no Movimento Estudantil
- Sociologia no Ensino Médio
- Formação do Cientista Social – Teoria e Prática
- Movimentos Sociais
- Opressões
- Universidade Privada
- Políticas Educacionais
- Atuação do Cientista Social

Sendo assim, lembramos que esta proposta de temas visa uma centralização de organização para discussões destes tópicos relacionados ao ENECS deste ano, para uma maior pluralidade de opiniões e debates sobre estes assuntos, ao invés de uma fragmentação de diversos outros temas.

Lembramos que o prazo foi prorrogado até o dia 29 de Maio.

Para fazer sua inscrição de trabalhos, oficinas e mini-cursos, clique aqui.

Mande sua proposta! Ajude a construir este ENECS!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Caderno de Apresentação do ENECS - Arrumado...

Galera,

Pedimos desculpas por nosso erro no CAE e também por nossa demora em disponibilizar a versão arrumada.
Agora já está tudo certo. Quem quiser baixar o CAE clique aqui.
Lembramos a todos da importância de se fazer o pré-enecs para que possamos acumular em nossas pautas e nos organizar melhor, para que assim possamos, de fato, transformar nossas realidades de estudantes de ciências sociais!